Isenção. Rigor. Inteligência. Aonde?! Aonde?!

what is this?

Tell me when this blog is updated. . .

03 fevereiro 2006

EDITORIAL

“Quando todos pensam o mesmo ninguém pensa muito.” (Lippmann)

De visões tortas mas intrépidas, de indivíduos estranhos, quiçá torpes e acometidos por hemorroidal crónica e pé de atleta, surge “O Dependente de Café Expresso”, um jornal que tem todas as características de que os portugueses actualmente necessitam num veículo de informação, desde o facto de ser gratuito ao facto de ser disponibilizado gratuitamente.

O leitor pode até achar que isto não vai ter sucesso.
Já somos dois.

O leitor pode até achar que a linha editorial é errada.
Está enganado.
Se não concorda com a linha editorial, é porque presume que existe uma linha editorial.

O leitor pode até nem ler.
Mas já leu.
E não me venha agora dizer “É mentira, não li nada. Eu nem sequer estou a ler o que está a escrever agora!”, que eu tenho um feeling que é mentira, vós estais a ler, sim!

A única coisa que eu e o leitor sabemos é que um projecto destes só tem duas alternativas: Ou é mau, ou é bom, ou é assim-assim.
Se for mau, esta edição vale por duas: a primeira e a última.
Se for bom, então teremos um jornal para a eternidade, que é bem capaz de chegar a Março.

A Direcção

FACTO DA SEMANA

Bill Gates e o Plano Tecnológico

Duas entidades andaram nas bocas do Mundo esta semana: as prostitutas e Portugal. E se num caso foi apenas mais uma semana de trabalho, no caso de Portugal não deixa de ser um espanto.
O responsável foi Bill Gates e o seu apoio ao Plano Tecnológico.
Ora perante este cenário de exaltação nacional e governativa, o PSD e o outro partido não têm muita margem de manobra para criticas.

No entanto, há esperança para a oposição, pois o Plano Tecnológico tem as suas falhas – que tem – e isto de promover a economia também não é nada que mereça este espectáculo todo, principalmente quando no sábado há um Sporting – Nacional.

Comecemos pelo nome: “Plano”. É certo e sabido – e já a professora de meio físico e social me dizia – que se é plano, não tem relevo. Ora algo que não tem relevo não tem nada que vir nem nas revistas, nem nos jornais, nem no “24 horas”.

Portugal não vai despender custos com a formação da Microsoft, é verdade, mas vai depender posteriormente das licenças de software. Ora sabendo nós que o nosso novo PR é um adepto do “Deixem-me trabalhar”, palpita-me que, quando perceber que para trabalhar tem de pedir licença à Microsoft, Cavaco vai dizer que Bill Gates é uma força de bloqueio.

Além disso, a própria postura de Bill Gates foi de apoio à oposição, pois Bill passou o tempo a falar dos portugueses que se têm de impulsionar. Ou seja, falou mais em Marques Mendes que em José Sócrates.

Reconheça-se no entanto algumas vantagens ao Plano Tecnológico.
Na Justiça, por exemplo, serão gastos alguns milhões de euros na actualização do sistema, que inclui computadores novos para todos os departamentos e, se sobrar dinheiro, uma fotocopiadora para o Ministério Público de Gondomar. Aí, o Governo marcou pontos.

O próprio Bill Gates acabou a sua estadia ajudando Portugal, quando disse aos alunos portugueses “Não escolham carreiras pelo dinheiro.” Por cada aluno que o levou à letra, é menos um que emigra.


CGA



INTERNACIONAL - Ano Chinês do Cão

Asiáticos celebram entrada no Ano do Cão

Foto: Lo Sai Hung/AP, in “Público”


Segundo apurámos, José Sócrates já se terá mostrado insatisfeito pela comportamento dos portugueses em situação similar, pois terá confessado que “comunicámos aos portugueses, através do orçamento de Estado para 2006, que íamos entrar num Ano de Cão, e não vi ninguém a queimar incenso nas ruas.”

CGA

INTERNACIONAL - Bush vs. Irão

BUSH ATACA O IRÃO SE ESTE DECIDIR ATACAR ISRAEL

O presidente americano referiu: “Temos de defender tiranos. Isto não se decide assim atacar outro país e começa-se a mandar bombas! Como é? Já chegámos ao Iraque?!”
Ainda no mesmo dia Bush confirmou que atacará o Irão caso este ataque Israel, ou prossiga com o seu programa nuclear, ou a AIEA não entregue os relatórios à ONU, ou Tony Blair diga “Eh pá, George, por mim tudo bem”.
Bush referiu ainda que o Irão é o país mais lógico a atacar de momento, “…porque é governado por um tirano que, tal como Saddam, não faz a barba, e porque é logo ali ao lado do Iraque e nós pagamos aos motoristas dos tanques ao quilómetro.”


CGA

INTERNACIONAL - IVA nas Filipinas


AUMENTO DO IVA NAS FILIPINAS GERA CONFRONTOS

EPA/MIKE ALQUINTO, in www.lusa.pt

Nas Filipinas, manifestantes confrontaram-se com a polícia devido à passagem do IVA de 10% para 12%.
O ministro das finanças português já veio comentar os incidentes, alertando que em Portugal também foi proposta a passagem do IVA de 19 para 12%, mas com receio de acontecimentos deste género foi decidido em última instância trocar os dígitos e passá-lo para 21.

CGA

NACIONAL - A secreta

SERVIÇOS SECRETOS – ELES “ANDEM” AÍ…

José Sócrates aumentou em 25% os custos com as secretas, e deverá querer fundir os Serviços de Informação existentes, SIS, SIED , DMIL, PT e “24 horas” numa única secreta, a que chamará “S.I.S. 24 P.T.”, e sairá nas bancas às quintas-feiras.

As editoras da “Flash” e da “VIP” já reagiram, indignando-se contra esta “mania comunista do governo em nacionalizar a indústria do boato e da fofoca. Isto no tempo de Santana Lopes é que era bom, havia histórias a sério.”


CGA

HORA DA REDONDINHA


Misters de bancada,

Ora serve este intróito para afirmar que se inicia esta semana a escrita de alguns pensamentos da semana desportiva, escrita por um benfiquista, mas que pode ser lida por Sportinguistas, Portistas e seres humanos.

Pois bem, esta semana correu tão bem ao Glorioso como a campanha eleitoral ao Mário Soares.
Que grande sova, pá. O Benfica jogou tão mal, tão mal, que a equipa só acertou dois pontapés nos 90 minutos: o do Simão e o do Beto!


Mas enfim, há que realçar outras coisas. Ainda há uns dias dizia eu a um amigo:
“Então, o Sporting lá ganhou na Luz, que chatice. Mas sabes a melhor? Nevou em Lisboa!”
E diz-me ele: “A sério?! Não acredito, pá! Ganhou por quantos?”

É verdade, foi mesmo um fim-de-semana porreiro para a cambada de Alvalade. Ganharam o derby, e aguentaram-se um ponto à frente do seu rival, o Nacional da Madeira.
Mas infelizmente para o Sporting nem tudo foram rosas esta semana. Quando tudo parecia estar a correr às mil maravilhas, o Ricardo anunciou que ainda só vai a meio da carreira.

Mas este foi sobretudo um fim-de-semana xenófobo para a malta dos Países Baixos: o Koeman foi sovado pelo Liedson no sábado, e o Adriaanse foi sovado pelos Super Dragões no domingo.
E até foram duas sovas dietéticas: um comeu com o Levezinho, o outro comeu com o very-light!

Está visto porque é que o Scolari não convoca o Baía: é que pelo estado do carro do Co, mais vale não convocar o Baía que pô-lo no banco!

Pelos vistos a atitude dos SD até foi apreciada pelo grupo, de tal forma que vai ser lançado um remake da “Garagem da Vizinha” do Quim Barreiros, a que o pessoal do semanário teve acesso e divulga em primeira-mão: (“asterisquei” a parte mais “vulgarota”, que todos compreendem que nos é perfeitamente alheia…)

“Garagem do Olival”, by SuperDragões
“Parto o carro, f*** o carro, há hora que eu quiser
O gajo tira o Baía, agora vai-se f****
Espero p’lo mister à noite, p’ra lhe dar um arraial
Estamos todos tão contentes na garagem do Olival!”

A atitude da gandulagemn até tem lógica: o Adriaanse estava a ser um sapo dificil de engolir, e o que eles fizeram foi dar uma pedrada no charco!

O treinador tripeiro reagiu logo na manhã seguinte ao lusco-fusco dizendo: “Não vi adeptos do Porto a partirem-me o carro. Só vi adeptos do Benfica.”
Mais à tarde porém admitiu: “Isto de me partirem o carro e atirarem very-lights está-me a pôr aborrecido. Se algum me tivesse mostrado um lenço branco, ia-me embora.”

Esta semana também foi fértil em declarações de Pinto da Costa, mas se já nem os Super Dragões e a namorada lhe passam cartucho, não vou ser eu a abrir excepções!

Até para a semana!


CGA

Etiquetas:

02 fevereiro 2006

VISTA DO ENTRONCAMENTO


As músicas da moda

Pois é pessoal. Durante o fim-de-semana passado, o nosso amigo Sinatra decidiu pregar uma bela partida ao homólogo (ou não...) português “José Cid”.
Pois é, ao fim de tantos anos a ouvirmos a famosíssima música do GRANDE Cid, apercebemo-nos que este ano, ele talvez tenha de alterar a letra.

A verdade é que afinal de contas o famoso “Cai neve em Nova Iorque, e faz sol no meu país”, saiu furado. O facto é o seguinte, nos últimos dias, Portugal tem estado coberta por um manto branco de neve, enquanto Nova Iorque goza de um sol bonito, apesar de algo frio, mas sem neve.

Pois é finalmente os deuses do tempo (e talvez da boa música), se viraram contra o Cid, ele afinal de contas tem vindo a gozar de alguma impunidade, ninguém no seu perfeito juízo, nem mesmo o Malato, o deixaria passar músicas na rádio.

Só mesmo em dois casos se consegue passar Cid com audiência: as estações que tocam música para pessoas que têm um rádio tão velho que ainda só apanha a emissora nacional (geralmente apelidadas de “emissora nacional”); ou então pessoas tão velhas, que já não sabem como se muda de frequência nestas cenas com botões e mostradores com números e luzinhas.

Mas pronto, com tamanha desilusão nas profecias do Cid, acho que finalmente podemos deixar de pensar em D. Sebastião, acho que ele não volta mesmo.
Pois é malta, pra quem ainda pensava que ele estava pronto pra voltar, não pensem mais nisso. Acho que houve mesmo quem votasse no Cavaco, na esperança de desafiar D. Sebastião a tomar uma posição, do tipo daquela que o Jorge Sampaio tomou quando o Santana foi Primeiro-ministro, mas pronto, as contas saíram furadas, ele não volta.

Sinceramente, até começo a ter alguma pena do José Cid, ele afinal de contas até tem umas musiquinhas engraçadas, pelo menos é melhor que os Delfins, ou que os Santos e Pecadores. Epá, Cid, não ligues á neve, canta lá mais uma vez.

Por falar em músicas, estou a gostar de ouvir o “Se cá nevasse, fazia-se cá ski”. Até porque há lá no meio, uma referência a “Se o Eusébio Jogasse, que fintas faria”. E bem que essas fintas tinham dado jeito no sábado passado!
Pena tenho eu que o Beto, do Benfica, seja um bocado lento em tudo. Se ele no sábado tem sido mais rápido no pontapé que deu ao Liedson, a música da moda agora seria o “Olha as bolas Liedson, olha as bolas Liedson, nunca mais ninguém as viu!”.

Abraços.
NA