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03 fevereiro 2006

FACTO DA SEMANA

Bill Gates e o Plano Tecnológico

Duas entidades andaram nas bocas do Mundo esta semana: as prostitutas e Portugal. E se num caso foi apenas mais uma semana de trabalho, no caso de Portugal não deixa de ser um espanto.
O responsável foi Bill Gates e o seu apoio ao Plano Tecnológico.
Ora perante este cenário de exaltação nacional e governativa, o PSD e o outro partido não têm muita margem de manobra para criticas.

No entanto, há esperança para a oposição, pois o Plano Tecnológico tem as suas falhas – que tem – e isto de promover a economia também não é nada que mereça este espectáculo todo, principalmente quando no sábado há um Sporting – Nacional.

Comecemos pelo nome: “Plano”. É certo e sabido – e já a professora de meio físico e social me dizia – que se é plano, não tem relevo. Ora algo que não tem relevo não tem nada que vir nem nas revistas, nem nos jornais, nem no “24 horas”.

Portugal não vai despender custos com a formação da Microsoft, é verdade, mas vai depender posteriormente das licenças de software. Ora sabendo nós que o nosso novo PR é um adepto do “Deixem-me trabalhar”, palpita-me que, quando perceber que para trabalhar tem de pedir licença à Microsoft, Cavaco vai dizer que Bill Gates é uma força de bloqueio.

Além disso, a própria postura de Bill Gates foi de apoio à oposição, pois Bill passou o tempo a falar dos portugueses que se têm de impulsionar. Ou seja, falou mais em Marques Mendes que em José Sócrates.

Reconheça-se no entanto algumas vantagens ao Plano Tecnológico.
Na Justiça, por exemplo, serão gastos alguns milhões de euros na actualização do sistema, que inclui computadores novos para todos os departamentos e, se sobrar dinheiro, uma fotocopiadora para o Ministério Público de Gondomar. Aí, o Governo marcou pontos.

O próprio Bill Gates acabou a sua estadia ajudando Portugal, quando disse aos alunos portugueses “Não escolham carreiras pelo dinheiro.” Por cada aluno que o levou à letra, é menos um que emigra.


CGA