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21 dezembro 2006

Nascimento de Cristo, segundo a vaca

Era uma vez um casal, de seus nomes Maria e José. José era pastor e Maria era doméstica. Um dia quiseram ter um filho, mas não podiam dar beijinhos como os pais fazem hoje em dia, porque o José tinha muita barba e cheirava a carneiro.
Então ligaram para Deus e encomendaram um filho e dois pães de alho com queijo. Deus criou o Menino Jesus e mandou o estafeta Gabriel entregar em Belém antes que arrefecesse.
O José e a Maria não tinham dinheiro, mas eram espertos. Vai daí, mandaram vir o Menino Jesus na altura do Natal, para as pessoas lhe darem presentes. Mesmo assim, o José ficou com dúvidas e disse a Maria: “Cheira-me que os forretas dos nossos amigos não vão cá pôr os cotos. É melhor mandar-lhes uma carta com aviso de recepção.”, ao que Maria prudentemente lembrou: “Mas, José, ainda não existem correios”.
“Ah… tens razão” retorquiu José. “Então é melhor mandar uma estrela. É de maneira que lhes indica o caminho, porque eu tenho andado por aí com as ovelhas e já reparei que também ainda não existem sinais de trânsito.” E assim fez.
Mandaram uma estrela para trazer as pessoas mais influentes daquela altura, e vieram os Reis Magos, que eram três sábios. As pessoas sábias eram as pessoas com maior destaque naquele tempo, pois ainda não havia jogos de futebol nem a TVI.
A estrela trouxe os três reis até ao Menino Jesus, mas levou duas semanas a indicar-lhes o caminho, pois os Reis moravam muito longe de Belém, mais precisamente na Buraca.
Os Reis chegaram e viram Maria, José e o Menino Jesus num sítio fechado com uma vaquinha e um burro lá dentro e pensaram “Coitadinho. Tão pequenino e já o trazem para casas de alterne.” Mas não, era uma presépio.
Belchior ofereceu Ouro, o que foi muito útil, pois o menino já tinha quinze dias e ainda não tinha pulseiras, e as pessoas do bairro já comentavam “Cá para mim não tem padrinho”. E ficaram todos muito contentes.
Baltasar ofereceu Incenso, o que foi muito útil, pois já ninguém aguentava o cheiro do burro, da vaca, e muito menos de José. E ficaram todos muito contentes.
E Gaspar ofertou Mirra, o que foi muito útil, pois já tinham ervas para temperar os bifes de novilho. E ficaram todos muito contentes. Menos a vaca.

A verdadeira história do nascimento de Jesus esteve quase para não ser contada, mas felizmente para o conhecimento da História Mundial, a vaca fartou-se da mentira, separou-se do burro, pediu a Deus o estatuto de arrependida e escreveu um livro intitulado "Eu, Mimosa".


Por isso é que ainda hoje se ouve dizer que existem vacas loucas.

Não existem. São boatos a mando do burro para difamar a pobre vaquinha.

CGA