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03 março 2006

EDITORIAL

A folia do Carnaval

Goste-se ou não, o Carnaval é o colorido do povo. E Carnaval sem máscaras é como uma oficina antiga sem um calendário da Samantha Fox: não tem nível.
A escolha das máscaras é, na grande maioria dos casos, um hino às minorias: os homens fantasiam-se de mulheres, os brancos pintam-se de negro, os benfiquistas gritam "Spooorting" e os trabalhadores por conta própria preenchem o IRS.
O Carnaval é um desígnio nacional,e quem não aparece tem de arranjar uma desculpa muito decente, ou fica 7 anos sem ser convidado para bares de strip, despedidas de solteiro e excursões a Badajoz. (Se o leitor tem mais de 16 anos e acha que vamos comprar caramelos, aconselho-o a começar por algo soft, como ver o programa da Sra. D. Marta Crawford.)
Ainda esta quarta, perguntei muito chateado a uma amiga: "Então, não apareceste para festejar o Carnaval?" e diz-me ela "Apareci, mas estava mascarada de irmã Lúcia e eles transladaram-me para casa."

Os ex-libris do Carnaval deste ano foram sem dúvida as "miúdas do gás". Foi provavelmente a primeira máscara em que os acessórios tiveram muito mais sucesso que o fato, pois por muita graça que os mini-calções das miúdas tivessem, o que a malta queria era tocar-lhes na bilha. (Esta foi, também, provavelmente a piada mais brejeira que já fiz na minha vida. Adiante...)
Mas assim como as miúdas das oficinas envelhecem, também há máscaras que perdem a sua piada, como as de padres. Antigamente, para se chocar as pessoas bastava vestirmo-nos de padres e dizer "Sou padre, mas adoro sexo!" Hoje em dia temos de nos vestir de padres e dizer "Sou padre, e adoro sexo com adultos!" (já cheguei até ao ponto de ter de frisar "adultos do sexo feminino" para ouvir um "eh, padre maluco!")

Enfim, já lá diz o povo "A vida são dois dias, e o Carnaval são... ora 6x3=18... é uma questão de fazer as contas."



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